quinta-feira, 17 de março de 2011

Eu me canso facilmente,

de acreditar no amor. Clichê? Não deixa de ser. Mas burrice seria ter um blog e não postar o que me incomoda. É tão ruim ver o quão minha existência não faz sentido para uma pessoa, como as músicas que antes eram nossas ainda me fazem chorar e pra segunda pessoa não passam de melodias, como qualquer outra. É ruim lembrar de datas, enquanto o outro mal se lembra se falou com você ontem ou hoje. É tão ruim ser um ser nostálgico, amar em replay, reviver momentos, reviver sonhos, e jamais realiza-los. Talvez por ser tão nova não pudesse falar de amor, que tudo não passa de mais uma paixão. Uma paixão é rápida, mas se passaram meses, e nada sai da mente. É tão inquieto o sentimento de tentar substituir um alguém que o coração sabe não haver ninguém a tamanho, não pra quem ama. Mas não posso dizer ao certo se não se recorda do que passamos, se não se nostalgia com nossas recordações, porque tanto me feristes, que tenho medo de perguntar se ainda há amor. Mas ainda há amizade, mais forte do que jamais. Um bom sinal? A estrela é dada como um bom sinal, mas mesmo assim as vezes leva a caminhos estranhos. O cair me fez ter tanto medo de me levantar. Uma vez o disse que não sabia que se lembrava de alguns momentos em uma hora que recordamos o passado - Eu nunca disse que esqueci-mas depois, há silêncio novamente. E sigo meu caminho, tão improvável, com uma luz tão falsa no fim do túnel. Eu vou sorrindo, dizendo a todos que me sinto bem e que não preciso dele, mas se alguém olhar no fundo dos meus olhos verá, o quão triste é a minha gargalhada, e qual é o motivo pelas vezes que chorei. Eu vou enganando a todos, dizendo que choro por medo, por estar ruim com a família, mas o fato é que toda minha tristeza eu devo a fato de não ter ele. Os livros rabiscados, a merda dos meus livros sempre esparramados, que sem ter nada a ver com isso, sofrem quando atirados a paredes. É uma cena de filme, mas o único telespectador, não é a a parede, mas meu próprio sofrimento. Cansada já me encontro de escrever as pilhas de cartas pra ele, e não enviar nenhuma. Cansada de passar pela rua, lembrando dos dias que andei nelas ao lado dele. Há quilômetros que nos separam, mas antes havia a promessa, e as palavras que diziam que jamais isso iria interferir. Mas no fim, não houve um final feliz. Final ouve. O dezembro se tornou frio, sem vida. O verão já não era o mesmo, eu havia perdido o meu norte comum. Perdi a fé, perdi a fome, e ganhei frio. Eu chorava sozinha, nos cantos, minhas amigas jamais apoiariam me ver chorar por ele. E até hoje é assim. Meses frios, com falsos carinhos, querendo te substituir. Porque essa merda de amor não acontece e se torna eterna? Aí sou obrigada a me lembrar a todo momento dos tão bom momentos que não mais voltarão :/. Tantas vezes me vi fugindo da lucidez, gritando, sorrindo, fazendo palhacices, quando o coração gritava: tira essa máscara. Mas eu resisto ao o que sei que não posso resistir, me faço feliz. Mas foram tantos meses, e não posso esquecer. Dor e sorriso, ele tenta me dizer que gosta de me ver feliz. Eu sei que posso ser feliz sem ele, mas eu não sei se consigo. E essa merda de sentimento não acaba :/

9 comentários:

  1. Tudo, tudo, tudo passa. Mesmo que leve muito tempo. Mas recuperação total não vem na garantia de fábrica.

    São em dias sombrios que mais nos refugiamos a sentimentos “humanos”.

    Em momentos assim é que nossa fé é testada.

    Você tem fé? Refiro-me a fé nas pessoas, porque religião é apenas dogma...blábláblá

    Há tempos abandonei a fé. O amargo sabor do sofrimento transforma.

    Despedacei os poucos resquícios que ainda havia em mim, há tempos vivo pronto para a guerra, tornei-me descrente, com o sangue venenoso e uma língua afiada.

    Um dia vai acordar e se perguntar por que chorava assim. Dizer que não representava nada, daí então... again, vai se apaixonar novamente.

    Somos apenas humanos, reles mortais. Não passamos de brinquedos da natureza. Preservação da espécie lembra?!

    ... Não passa de química. Química essa que nos causa dores quase reais, físicas.



    Assinado: Aquele que não existe.

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  2. Seriam 10 meses, :/
    Talvez baste me tornar fria, ou quem sabe apenas mudar um pouco o que sou.É estranho, mas mudanças terão de me ajudar . Mas é complicado .

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  3. Talvez 10 anos, talvez uma vida inteira...who knows? Y'll be fine in the end.

    "Don't stop dance, believe, you can fly."

    Assinado: Aquele que não existe.

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  4. Eu só preciso de UM motivo pra continuar :/

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  5. Busco motivos para me perdoar pelo mal que causei, mas não encontro. Luto a cada minuto para não correr para os seus braços.

    Dizem que nunca é tarde, mas os danos já foram infringidos.

    Já se passou tanto tempo, e a dor por tê-la deixado para traz tem me atormentado freqüentemente, martelando dentro de mim.

    Às vezes grito por dentro, serro os dentes para não chorar.
    Não pude continuar, por isso parti. Por pior que tenha sido, ainda era para não ser pior.

    Por que gosto e a admiro tanto e, ainda sim reluto? Por que simplesmente não esqueço as mágoas do passado? Nossa conversas fazem muita falta. Por que não há amor? Por quê? Acho que eu nunca soube o que era amor.

    Você seria perfeita para mim. O que há de errado comigo? Meus sentimentos são uma tempestade, e não sei que caminho seguir.

    Por favor, traga minha paz.
    Perdoe-me por TODO o mal e a dor que causei a você.
    Sinto muito, muito, muito, do fundo do coração.

    Preciso do seu perdão.

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  6. Assinado: Aquele que não existe.

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  7. Suas palavras fictícias, me soam tão reais .

    Ps : até quando ficarei sem saber quem voce é?

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  8. Mas são muito reais.
    Tenho minha própria dor para carregar...
    Escrevi para entregar essa carta, mas como "não posso" enviar, posto aqui...mais uma vez em seu espaço. Agradeço e peço desculpas mais uma vez. Apenas mais um dia difícil.

    Assinado: Aquele que não existe.

    P.S.: Nunca nos conhecemos.

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  9. Como sempre, não precisa pedir desculpas

    P.S: tudo bem.

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