sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Nasce um poeta.

Morre um solitário e nasce um poeta. Deitado sobre as palavras, mas com insônia devido aos versos. Nasce aquele que sofre por ter seu corpo sujeito à gravidade, mas que tem ao mesmo tempo o conhecimento de que seus pensamentos são livres. Seja em um por do sol, em um anoitecer ou até mesmo em um sorriso, nasce o poeta. E então conhece-se o devoto dos sonhos, do amor, das dores. Conhece-se o sedento por carinho, compreensão, segurança. Nasce aquele que dedica suas tardes aos caminhos que poucos percorrem, aos pequenos gestos, aos pequenos erros que comete e vê cometer. Nasce quem poucos enxergam e apreciam, mas que todos no fundo são. Na brevidade de uma rima, ele nasce. E traz consigo o peso de emocionar. Nasce o vendedor de ilusões, que se prende e se perde no cheiro dos livros, na cor e nos rodapés das páginas. Nasce o poeta, que não satisfeito com o calor dos abraços, cria versos que acolhem, que esquentam, que confortam. No curto espaço de uma vida nasce um ser imenso que é o poeta. Nasce o imortal, que eterniza seu nome quando assina suas poesias. Nasce o poeta.

2 comentários:

  1. Bela poesia, há poderia ser você a poeta.
    Tudo de bom.

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  2. Paulo,

    muito muito obrigada! *-*

    Todos nós nascemos um dia pra poesia, é só perceber.

    Obrigada, pra voce tambem!

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